Especialistas em vaso sanitário – desculpem-me,
esqueci de que a “melhor” palavra é privada – farão experiências com torneiras.
O principal objetivo será abri-las, dando maior vazão à água, embora, ao final
do experimento, o resultado seja uma invasão do esgoto (desculpem-me novamente.
Retifico: de merda), levando alguns inexperientes participantes a fechá-las em
definitivo, e, outros, a aderir à conclusão de que a merda seja necessária.
Embora
o espaço do laboratório fosse amplo, e uma pseudodescontração parecesse reinar
nesse ambiente, a vez e a voz cabiam apenas aos especialistas, repito: em vaso
sanitário, ainda que o objetivo fosse abrir torneiras...
Cientes
de que o oxigênio e o gás carbônico sejam necessários à perpetuação da espécie,
os aspirantes a especialistas são, paulatinamente, conduzidos ao curral,
sutilmente encurralados, reduzindo-se a gado: um atrás do outro, em obediência,
e priorizando o gás carbônico...
Por
fim, não se veem mais como aspirantes: os que, após o experimento, se julgaram “incapacitados”,
desistiram da especialização.
Já os que se julgaram capacitados concluíram ser o vaso sanitário, isto
é, a privada, mais importante que as torneiras, afinal, a “contaminação” tem maior
alcance e, por isso, talvez seja mais importante se especializar em merda do
que em torneiras para expulsá-la...