Há quem faça da vida uma constante poesia. É o caso dos
sonhadores por
exemplo. E há quem faça da poesia uma constante na vida. Esses são os poetas, também sonhadores, que buscam, por meio da arte de poetar, retratar seus anseios e os alheios, ou mesmo trabalhar a palavra nas metáforas, jogo de sons, rimas, recursos visuais e tantas outras maravilhas que compõem, hoje, o que chamamos de universo poético.
exemplo. E há quem faça da poesia uma constante na vida. Esses são os poetas, também sonhadores, que buscam, por meio da arte de poetar, retratar seus anseios e os alheios, ou mesmo trabalhar a palavra nas metáforas, jogo de sons, rimas, recursos visuais e tantas outras maravilhas que compõem, hoje, o que chamamos de universo poético.
O
poeta é um ser inquieto. Inquieto com tudo que o circunda. Incomoda-o a
injustiça social, a violência mundial, a política descomunal... Por isso, ele
canta, não só as suas dores, os seus clamores, como também os do mundo e, dessa
forma, o poeta encanta.
O
poeta é um lutador. Luta com as palavras que muitas vezes o atropela, na ânsia
por aquela que melhor reflete a sua verdade. “Lutar com palavras/ é a luta
mais vã/ entanto lutamos/ mal rompe a manhã"... Carlos Drummond de
Andrade.
Não é necessário ser poeta para
perceber a existência da poesia nas coisas, nas pessoas, no tempo... A poesia
está relacionada à emoção, embora, João Cabral de Mello Neto, considerado um
poeta seco, ter dito que não precisava e nem achava necessária a emoção para
compor seus poemas.
Para entender o poeta é
necessário ter olhos de poeta: “Quando um leitor diz ao poeta que não
entendeu o que ele quis dizer com o seu poema, é porque um dos dois é burro”.
Mário Quintana.
Por
isso, o poeta também “é um fingidor. / Finge tão completamente/ que chega a
fingir que é dor/ a dor que, deveras, sente”. Fernando Pessoa.
Alguns poetas têm uma fonte de inspiração
peculiar. Augusto dos Anjos, por exemplo, tornou-se conhecido como o poeta que
cantava a morte, a degradação do ser humano como corpo que apodrece com o fim
da existência; já, Carlos Drummond de Andrade se firmou como o poeta que
cantava a vida, as coisas, a pedra, o urbano.
A
trajetória do ser humano é composta de emoções, por isso, nossa vida é uma
constante poesia encontrada na música, nas artes, nos acontecimentos alegres e
tristes que nos rodeiam.
Observem
uma mulher grávida. Ela difere de uma mulher gorda. A barriga de uma gestante
nos emociona pelo seu interior. Assim também é com a poesia. É preciso ver a
essência.
Enfim,
seja lírico, sonetista, modernista, concretista, cordelista ou trovador, o
poeta é multifacetado e consegue fazer da palavra uma obra de arte e, da
poesia, o ar que ele respira.
“Se
o poeta é o que sonha o que vai ser real,
bom sonhar coisas boas que o homem
faz
e esperar pelos frutos no
quintal.”(Coração Civil – Milton Nascimento e Fernando Brant)
E
viva a poesia!